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Trancada no quarto.
Mãos trêmulas seguram o telefone.
(Disca, desliga.)
***
Ainda.
Relembra a última noite.
Devora um chocolate. Quase se engasga, como se a ele devorasse.
Cospe.
***
Banheiro.
Olha o espelho e sente pena de si.
Morde os lábios prendendo o choro.
Gotas de vermelho escorrendo pelo branco intocado.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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3 comentários:
vc é ótima em poesia e conto.
mas tou louco pra ver artigos tb.é interessante.
e ficam os últimos versos na cabeça da gente feito quadros na parede. As letras tomando formas de pinceis e um quê de paixão e perigo na imagem de uma gota vermelha de sangue vivo em uma pele clara, quase branca. Eu nem sei se essa era a tua intensão. Mas foi a marca que deixaste em mim.
É um irmão do anterior!? Chocolates e banheiros fazem parte das suas brigas amorosas... Gosto da importância dessas coisas aparentementes banais em histórias. E seus textos correm com muita serenidade, não cansam.
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